Belo Horizonte - Praticamente todos os jogadores do Telemig Celular/Minas serão mantidos para a próxima temporada. Patrocinador e clube não quiseram esperar a decisão da Superliga Masculina de Vôlei - que pode acontecer neste sábado, caso o Minas vença os dois jogos que tem em casa contra a Ulbra - e já renovaram com boa parte dos jogadores. Os que ainda não assinaram contrato, pelo menos já estão apalavrados com a equipe.

“O interesse do patrocinador é reformar com todo o time e talvez até ganhar algum reforço, se recebermos mais verba", confirma, em entrevista ao HOJE EM DIA, José Marcos Belfort, supervisor de vôlei masculino do Minas Tênis Clube. A única pendenga é com o atacante Giba, que entregou a negociação para seu procurador. “Ele está sendo assediado por times da Itália, mas nós queremos renovar com ele", revela Belfort.

Outros jogadores, como o meio-de-rede Douglas Cordeiro, já oficializaram a renovação. “Ao final da Superliga, as outras equipes sempre ficam de olho nos jogadores do principal time do campeonato e o Minas não deixou isso acontecer, nem deixou espaço para negociar. Mesmo se tivesse propostas de outras equipes, eu não aceitaria. Gosto de Belo Horizonte e do Minas e quero ficar pelo menos mais um ano aqui", afirma Cordeiro.

Para o jogador, a manutenção da equipe atual para a próxima temporada é muito positiva: “Vamos ganhar muito em entrosamento, principalmente porque todos nós nos damos muito bem um com o outro e isso só tem a crescer agora. Além disso, os adversários terão maior respeito pelo nosso time, que bateu recordes de vitórias na Superliga, mantendo uma invencibilidade de 26 jogos no campeonato", destaca o meio-de-rede.

O Minas está tendo o cuidado de negociar com os jogadores sem “estressá-los demais, porque estão em final de competição", ressalta o supervisor. A Nokia, que também apóia o time, deve diminuir o valor de patrocínio, mas a Telemig Celular irá aumentar a quantia, já que o time está valorizado por causa da boa campanha que está fazendo na Superliga. A equipe faz a segunda partida contra a Ulbra quinta-feira, às 20h30, no Pio XII.

Douglas Chiarotti está pronto para soltar o braço

Os potentes saques e as cortadas de meio-de-rede do jogador Douglas Chiarotti estão de volta. Após ter sofrido cirurgia no quinto metacarpo (dedo mindinho) da mão direita, no dia 8 de março, que o deixou de fora da equipe titular por nove jogos, Chiarotti já está, como se diz no jargão do voleibol, “metendo pancada" na bola.

O meio-de-rede do Minas retirou, na segunda-feira, pino que serviu para consolidar o osso, e já no treino de ontem, no Pio XII, pôde finalmente fazer o que gosta: saque “viagem" e ataques pelo meio. “Não estou sentindo dor nenhuma. A mão fica um pouco dolorida, depois do treino, por ter ficado um mês sem bater na bola", afirma.

“O que mais me machucava antes era o pino, mas sem ele estou com mais confiança e soltando o braço. O que falta é ritmo, mas se o Cebola precisar, estou aí", ressalta o jogador, que foi substituído por Douglas Cordeiro. Há três jogos que Chiarotti vem sendo escalado no banco, entrando para bloquear.

A preocupação agora recaiu sobre as costas do líbero Serginho - literalmente. O jogador está com uma contratura na região. “Machuquei-me no último jogo contra o Banespa, sem saber como, antes de começar a partida. Ainda estou sentindo dores, mas agora é a hora da final: toda dor é superável quando estamos em busca do objetivo final, que é o título", anima-se.

Serginho explica que a dor o tem incomodado bastante, não só nos treinamentos. “Tenho feito fisioterapia intensiva pela manhã e à tarde para ver se consigo amenizar um pouco a dor para que, na hora do jogo, eu possa somente me concentrar na partida", observa o líbero, que não admite ficar de fora dos jogos de final da Superliga.

Para se recuperar logo e ajudar o Minas na conquista do bicampeonato, Serginho realizou fisioterapia no hotel, em Canoas, às 5 horas da manhã de domingo, no aeroporto e dentro do avião. “Estou usando um aparelho portátil. Vale tudo para ser campeão", afirma o líbero, que ainda não sentiu o gostinho de ser campeão de uma Superliga.

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