Belo Horizonte - O atacante Rodrigo, do América, terá pela frente, no clássico de sábado, contra o Cruzeiro, um marcador conhecido, o zagueiro Luisão. Os dois se enfrentaram na decisão do Campeonato Mineiro de Juniores, em dezembro do ano passado, e Rodrigo, de 19 anos, levou a melhor. O América foi campeão, e o atacante fez o gol do título.
“Foram duas partidas. A primeira, em Itabirito, foi bastante equilibrada e vencemos por 4 a 2, com dois gols meus. O Cruzeiro precisava vencer o segundo jogo, no Mineirão, por dois gols de diferença, e estava ganhando por 3 a 1, quando fiz um gol, aos 44 minutos. Nesse jogo, o Luisão foi expulso", recorda Rodrigo, com satisfação.
Rodrigo, no entanto, reconhece as qualidades do zagueiro cruzeirense e sabe que um jogo profissional é diferente. “O Luisão é um excelente zagueiro e o clássico será chave para as nossas pretensões", admite. “Estamos concentrados no trabalho para corresponder e supermotivados com os últimos resultados."
Na Primeira Fase do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro goleou o América por 4 a 1, no Independência, sem o zagueiro Luisão. Rodrigo, que começou jogando e foi substituído naquele clássico, promete uma partida totalmente diferente amanhã. “Estamos crescendo na hora certa. Temos uma padrão de jogo definido e isso vai facilitar em campo. Também vamos pôr o coração acima de tudo", garante o atacante.
Quanto Lula Pereira assumiu o cargo de treinador, Rodrigo perdeu a condição de titular. Somente foi escalado na goleada de 4 a 0 sobre o Guarani, no lugar de Alessandro suspenso, e fez um gol. Depois, não saiu mais da equipe. “Venho tendo uma boa seqüência e o treinador está passando confiança para mim", afirma Rodrigo.
No jogo passado, a goleada de 3 a 0 sobre a Caldense, Rodrigo perdeu muitas oportunidades de gol e admite a falha. “Pequei nas finalizações. Tive quatro chances: chutei uma para o alto e três o goleiro pegou", contabiliza. “Contra o Cruzeiro, não pode acontecer o mesmo. Num clássico, não aparece tantas chances de gol."
O atacante do América não vem tendo dificuldade em atender ao que o técnico Lula Pereira pede. “Ele me orientou como posicionar e gosta que o atacante pegue o volante, na saída de bola, e sempre fala que quando o time está sem bola tem de marcar", comenta.
No clássico, Rodrigo deve voltar a ter como companheiro de ataque o meia Tucho. Para ele, que já jogou com Alessandro e Flávio Galvão, não há preferência. “Não muda nada. Jogo dentro do que sei e não faz diferença", afirma.