São Paulo - Confira os principais trechos da entrevistas coletiva concedida por Guga após a conquista em Monte Carlo:
Pergunta – Você disse ontem que jogou a sua melhor partida do ano. Hoje foi melhor?
Guga – Joguei muito sólido. Em melhor de cinco sets é sempre mais difícil jogar um tênis impecável. Não é fácil jogar contra o Hicham. Ele manda bolas baixas, altas, curtinhas e você nunca sabe o que esperar. Então, joguei taticamente da maneira certa e o deixei em posições difíceis para eu poder controlar o jogo. Hoje tive que fazer coisas diferentes e usar tudo o que eu sei para ganhar.
Pergunta – É por isso que você deu tantas curtinhas?
Guga – As condições aqui favorecem você a dar curtinhas. O Coria, ontem, deu um monte delas. Está pesado aqui e o cara pode ficar muito no fundo da quadra, então você tem que mudar o ritmo do jogo. Você pode acabar perdendo o ponto algumas vezes, mas você tem que fazer isso e quando precisar mesmo, tem que ser perfeito.
Pergunta – Há uma chance de que você faço o que o Alex e o Albert fizeram o ano passado de não jogar Wimbledon por não concordar com a maneira com que os cabeças-de-chave são designados?
Guga – Sim.
Pergunta – Então há uma chance?
Guga – Se os caras resolverem se unir e não jogar para demonstrar que não estão contentes com isso vou ser o jogador que vai votar a favor.
Pergunta – Em quanto melhorou a sua performance desde duas semanas atrás, quando você estava no Brasil?
Guga – Sempre que jogo no saibro me sinto bem e tenho boas expectativas. Só que às vezes isso não é tão bom para mim, porque fico com uma pressão extra. Nesse ano joguei três torneios no saibro e ganhei os três. É incrível como eu consigo escapar de cada situação mesmo não jogando tão bem.
Pergunta – Você acha que está em boa forma para ganhar Roland Garros de novo ou precisa jogar melhor?
Guga – Estou jogando melhor a cada dia e o Hicham também, por exemplo. Todos os caras estão na mesma situação e acho que todos vão melhorando a cada dia. Mas diria que em níveis de confiança, se Roland Garros fosse amanhã estaria pronto para jogar.
Pergunta – Considerando que os seus objetivos principais são os torneios Masters Series e Grand Slam, não vai ser difícil ter que jogar em Barcelona?
Guga – É tão difícil quanto aqui. Venho jogando todos os dias desde terça-feira, sem intervalo, mas conheço o meu corpo e vamos ver o que acontece. Acho que a temporada de saibro é muito curta. Em dois meses você tem 3 Masters Series e um Grand Slam, então você tem que aprender a lidar com isso. O principal é você respeitar o seu corpo e saber quando é hora de parar.
Pergunta – Você disse que vai ser difícil brigar com o Agassi pelo número um do mundo, no final do ano. Você acredita que não tem chance mesmo?
Guga – Quando você tem o Sampras e o Agassi jogando é sempre difícil, especialmente da maneira como o Agassi está nesse ano. Mas, não penso muito no ranking. O melhor mesmo é o que eu fize essa semana, que ganhei o torneio batendo forte na bola, sorrindo e me divertindo.