Belo Horizonte - O casal 20 da natação brasileira está de volta ao Minas. Após um ano defendendo as cores do Flamengo, os nadadores Rogério Romero e Patrícia Comini estarão mais uma vez representando o clube mineiro nas principais competições do país. “É um caso de amor à camisa, ou melhor, ao calção", avisa Romero por telefone, de sua casa no Rio de Janeiro, onde, ao lado da mulher Patrícia, já está aprontando malas para residir novamente em Belo Horizonte, a partir da próxima semana.
“Nos identificamos muito com o Minas. Eu nunca gostei do Rio de Janeiro, mas o Flamengo representou uma experiência boa, apesar dos problemas que tivemos", explica o nadador, que participou de quatro Olimpíadas.
Romero não gosta de falar no assunto, mas o atraso nos salários é um dos motivos determinantes para que a dupla voltasse a dar suas braçadas em raias mineiras. “O importante é que saí bem do Flamengo. Não tenho nenhuma reclamação contra eles. A equipe era muito boa", comenta.
Para o atleta, a experiência no Flamengo serviu para mostrar “que o Minas é o melhor clube do Brasil para se trabalhar".
Rogério Romero nadou pelo clube de 1991 a 1999, onde garantiu várias conquistas para o Minas. Foi também no Minas que conheceu Patrícia Comini, uma das melhores nadadoras do país, especialista no nado peito. Após ter passado cincos anos de sua carreira no Minas, a atleta de 26 anos se diz muito feliz com o retorno. “Vamos buscar ajudar o clube a crescer", observa Patrícia.
O casal prevê dificuldades na primeira fase deste reencontro, devido à mudança no esquema de treinamento. A dupla ainda não conhece o trabalho de Ronaldo Celso de Abreu, atual técnico do Minas. “Será outro tipo de trabalho, mas vamos fazer de tudo para a equipe ganhar os pontos no próximo torneio, que é o Troféu Brasil, no final de maio, no Rio de Janeiro. Sempre nos adaptamos bem aos técnicos, especialmente o Rogério", afirma Patrícia, que continua sendo uma das atletas mais tímidas do país.
Com 31 anos de idade, Romero ainda não pensa em aposentadoria, como chegou a aventar em 1996. “Estou tendo os meus melhores resultados nos últimos dois anos. Em Sydney, no ano passado, consegui a minha melhor colocação em Olimpíada, terminando em sétimo lugar", ressalta. Se a aposentadoria está longe, o nadador faz questão de ajudar o clube tanto dentro como fora das piscinas. Ele está ansioso para treinar no Minas: “É uma grande família. É como estar em casa", diz.