Rio - O colombiano Asprilla tem sido a grande atração dos últimos treinos do Fluminense. Com uma alegria contagiante, ele não perde a oportunidade de brincar com os demais jogadores. Mas as farras do atacante parecem estar com os dias contados: seu empréstimo termina em junho e o superintendente de futebol Paulo Angioni admitiu que a manutenção do jogador no clube será uma tarefa mais do que difícil.
Angioni foi quem negociou o empréstimo do atacante com a Parmalat, dona de seu passe, em outubro do ano passado. "Na época eu tinha bom relacionamento com os diretores da empresa, por ter recém deixado de trabalhar lá", disse o dirigente. "Ele estava em baixa no Palmeiras e o mercado europeu estava fechado. Agora está mais complicado".
Asprilla se diz alheio a esta discussão, ao menos por enquanto. Mesmo comentando que gostaria de ficar no Tricolor, ele só irá pensar neste assunto depois de conversar com os diretores da Parmalat na Itália, em viagem que pretende fazer daqui a 15 dias. Até lá, ele tem duas preocupações: voltar a jogar e, enquanto isto não acontece, animar o time. Para ele, o grupo está abatido com as poucas chances no Estadual. "Procuro brincar para dar alegria aos companheiros. A intenção é mostrar que o empate com o Botafogo não foi o fim do mundo. A vida continua", filosofou o atacante, que só mudou o semblante no fim dos treino de quarta. "Estou morto!"
César é um dos que sentirão falta do alto astral de Asprilla, caso ele não continue no clube. "Jogadores alegres unem o grupo. Isto é fundamental", disse.