Rio - Edílson era o favorito para formar a dupla de ataque da Seleção Brasileira com Romário. Mas além de ver Ewerthon, do Corinthians, ocupar o posto no vexaminoso empate em 1 a 1 com o Peru, teve de amargar o fato de ficar fora até da lista dos reservas. O Capetinha, artilheiro do Campeonato Estadual com 13 gols, prefere nada falar sobre a decisão do técnico Émerson Leão.
"Só fiquei surpreso por não ter ido para o banco. Mas cada um tem a sua opinião e é bola para a frente. Eu fui bem contra Estados Unidos e México. Não estou aborrecido porque todos que estavam na Seleção têm valores. Não vou fazer disso um bicho-de-sete-cabeças", afirmou o atacante rubro-negro, que, apesar de ter chegado atrasado ontem à Gávea, participou do coletivo.
Segundo Edílson, Leão nem sequer explicou o motivo para deixá-lo fora até mesmo do banco de reservas. Mas, numa auto-avaliação, o atacante garantiu que jamais deixaria de usar a experiência num momento de cobranças na Seleção. "Experiência é útil em tudo na vida. Na profissão, no amor. Com experiência se resolve tudo", disse. "Leão não me falou nada se eu ia ficar fora. Mas no lugar dele eu também não falaria. Ele é o técnico".
Flagrado horas depois do fiasco da Seleção Brasileira na inauguração do Bar Baluart, que pertence a Vampeta, Edílson não considera a atitude antipatriótica ou antiprofissional. "Vampeta estava marcando a inauguração do bar, não é boate, há muito tempo. Isso já estava programado. Iríamos em qualquer circunstância. Tanto que vários jogadores da Seleção foram", afirmou.
Edílson aguarda com expectativa a nova convocação para a Seleção Brasileira. Mas enquanto ela não chega diz que o pensamento está voltado somente para o Flamengo. E trata logo de esclarecer que o fato de ter sido preterido não o abalará na ótima fase vivida pelo Rubro-Negro. "Tenho de esquecer a Seleção Brasileira e pensar somente no Flamengo. Estou muito tranqüilo e feliz por ter voltado ao Flamengo, aos meus companheiros, que me receberam com carinho", afirmou Edílson.