Rio - A tríade que domina o futebol alvinegro já mostra sinais de cansaço. Mauro Ney Palmeiro, Antônio Rodrigues e Carlos Augusto Montenegro admitem abrir espaço para caras novas no clube após o término do mandato, daqui a dois anos.
"Eu sou de uma geração intermediária. O Botafogo precisa de renovação política, pois ficou muito tempo preso aos chamados velhinhos", afirmou o atual presidente alvinegro, Mauro Ney Palmeiro.
Apesar de desgastado com os diversos problemas financeiros do clube, o presidente do conselho deliberativo, Carlos Augusto Montenegro, garante que não renunciará. Mas fala do seu destino ao fim do mandato. "Eu sinto nas conversas com Mauro que estamos ficando cansados disso tudo. Ao contrário de um Clemente, de um Bebeto de Freitas, de um Parreira, nós não recebemos nada por essa amolação. Vou cumprir o meu mandato e quando acabar, ponto final. Voltarei para a arquibancada", afirmou o dirigente.
Montenegro só não sai agora porque não quer ficar com a imagem de covarde. Mas ele sabe que o prestígio com a torcida, conquistado após a recuperação da sede de General Severiano e o título brasileiro de 95, já não é o mesmo. Por isso, não tem dúvidas: as mudanças que o Botafogo precisa fazer dentro de campo têm de ser acompanhadas de fora dele. "Minha vontade é entregar o clube a pessoas como Bebeto de Freitas, Jorge Aurélio Domingues, Antônio Carlos Azeredo ou a movimentos como Carlito Rocha ou Mitob", disse.