Spielberg (Áustria) - Rubens Barrichello demonstrou perturbação no domingo ao contar como a Ferrari ordenou que ele deixasse seu companheiro de equipe Michael Schumacher ultrapassá-lo no GP da Áustria.
O brasileiro estava na segunda colocação, depois de chegar a liderar a corrida por algumas voltas, e na última curva, deixou o campeão mundial passar.
``O gerente da equipe me mandou fazer isso'', disse. ``Tenho pouco a dizer nessa entrevista coletiva, infelizmente. Ainda preciso ir aos boxes e conversar com a equipe. Não quero dar nenhuma declaração sobre isso antes de falar com minha equipe. Eu me dei mal depois do que falei na Malásia e infelizmente não posso abrir meu coração agora'', disse Barrichello.
Schumacher defendeu a decisão da Ferrari, dizendo ser necessário para limitar as vantagens conquistadas pela McLaren.
O rival de Schumacher pela liderança do campeonato, David Coulthard, venceu a corrida, e um terceiro lugar do alemão diminuiria sua vantagem para apenas dois pontos.
Quando perguntado se sentia merecedor dos seis pontos no GP da Áustria, Schumacher respondeu: ``Talvez não''.
``Mas imagine se no final do campeonato eu perco o título por dois pontos'', retrucou.
O alemão reconheceu que Barrichello teve um desempenho melhor na corrida.
``Ele é um piloto muito veloz. Não tenho por que ficar envergonhado de andar mais lento do que ele''.
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