São Paulo - Três meses depois de retornar ao comando do Corinthians, o técnico Wanderley Luxemburgo negocia novo salário com o clube. Contratado por bases bem menores às que recebia na primeira passagem pelo Parque São Jorge, em 1998, o treinador deve receber um aumento decorrente dos bons resultados obtidos desde que chegou ao Timão, em 6 de fevereiro.
“Como estava o Corinthians cem dias atrás? Estou muito feliz com o trabalho que está sendo feito pelo Wanderley”, elogia Jonh Richard Law, homem-forte no Brasil do parceiro corintiano, o fundo de investimentos americano Hicks Muse Tate & Furst.
Law se reuniu nesta terça-feira com o presidente do Timão, Alberto Dualib, no Parque São Jorge, mas se recusou a falar de salários, e não confirmou um possível aumento. “Posso te dizer uma coisa: o Wanderley é hoje o maior salário de treinador do Brasil”, garantiu o vice-presidente de futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini.
Conforme apurou o LANCE!, há a possibilidade de existir no contrato do treinador uma cláusula que atrele os resultados da equipe à remuneração mensal. Algo parecido com o mecanismo de "participação nos lucros", que concede ao assalariado uma compensação por conta de uma boa performance da empresa. Questionado sobre o assunto, Citadini não confirmou nem desmentiu. “A relação Luxemburgo-Corinthians vem tendo uma evolução interessante”, diz o vice-presidente.
De fevereiro para cá, Luxemburgo conseguiu manter o Timão vivo nas duas competições mais importantes do primeiro semestre, com uma seqüência de dez vitórias seguidas, feito que o clube não conseguia desde meados da década de 50.
No Campeonato Paulista, o time saiu da penúltima colocação para obter, no último domingo, a vaga na final da competição. Na Copa do Brasil, a equipe começa a disputar as quartas-de-final do torneio, amanhã, contra o Atlético-PR no Pacaembu.