Rio - Em entrevista coletiva concedida na tarde desta quinta-feira o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, anunciou que a entidade terá um novo estatuto. Segundo o dirigente, o atual estatuto da CBF já está ultrapassado. "Nosso estatuto terá que ser modificado. Ele está ultrapassado", afirmou Teixeira.
O dirigente tem a mesma opinião sobre o Código Brasileiro Disciplinar de Futebol (CBDF), que também terá que ser alterado. "O CBDF também será reformado. Precisamos de mudanças urgentes", afirmou o dirigente.
Teixeira contou que uma comissão de juristas, chefiada por Rubens Aprobato Machado, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), será criada para elaborar as mudanças no estatuto da entidade. Participarão da comissão juristas como Valed Perri, Álvaro Melo Filho e Luiz Zveiter, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
A exemplo da Confederação Sul-Americana de Futebol e da Fifa, a CBF também terá um comitê executivo a ser formado nos próximos dias para auxiliar Ricardo Teixeira na tarefa de administrar a entidade. A informação foi divulgada pelo próprio presidente da CBF durante a entrevista coletiva.
Teixeira contou que os primeiros membros deste comitê serão escolhidos por ele e pelos membros da comissão de juristas, que será criada para mudar o estatuto da entidade. Depois disso, os membros do comitê executivo serão escolhidos por sistema de eleição, da qual votarão os presidentes de federações e dos clubes da Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro.
Perguntado se com o comitê executivo os presidentes vão perder poder, Teixeira desmentiu. "Claro que não. Serão os presidentes que formarão o colégio eleitoral", afirmou Teixeira.
O dirigente contou que os membros do primeiro comitê executivo serão escolhidos por regiões e que para definir estas escolhas, todos os segmentos do futebol serão ouvidos. Teixeira disse que não pensou se esses membros vão receber remuneração, mas lembrou que na Fifa eles recebem uma remuneração anual.