Monte Carlo - A largada do GP de Mônaco, com os carros fazendo a curva de Sainte Devote de quase 90 graus, pode ser perigosa. A introdução de um componente eletrônico nos carros para dar assistência aos pilotos na largada, que se conhece como ''controle de largada'', se provou um pesadelo nas últimas corridas.
Ficar imóvel no grid pode ser uma das piores situações na carreira de um piloto, e as duas últimas corridas, na Espanha e na Áustria, ficaram marcadas por carros imóveis no grid.
Com os primeiros do grid potencialmente hábeis para atingir 160 km/h, as conseqüências podem ser trágicas para aqueles que ficam para trás. Em 1982, o italiano Riccardo Paletti morreu quando seu Osella bateu na traseira de um carro imóvel no grid de largada no GP do Canadá, em Montreal.
Mika Hakkinen disse que a experiência de ficar para trás no grid, que aconteceu com o finlandês no Brasil, é horrível, tanto que ficou acenando com seus braços para alertar seus colegas que vinham atrás.
O alemão Heinz-Harald Frentzen, da Jordan, que ficou parado na corrida de San Marino, ironizou e disse que ``é ótimo para pintar o cabelo de cinza''.
O piloto brasileiro Rubens Barrichello disse no começo da semana que o software o preocupava. ``Espero que tudo saia bem na largada porque se qualquer carro ficar parado no grid, será muito perigoso, pois não há espaço para os outros carros passarem'', disse o piloto da Ferrari.