Porto Alegre - O procurador do zagueiro Capone, Marco Aurélio Teles, confirmou que a transferência do jogador para o Internacional pode evoluir e ser concretizada dentro dos próximos dias. Conforme o procurador, Capone não quer mais atuar no Galatasaray, da Turquia, pois seu salário está atrasado há quatro meses - o país passa por uma grave crise econômica, com uma forte desvalorização da moeda (lira turca).
Capone chegará a São Paulo na manhã desta terça-feira para tratar de assuntos pessoais. Marco Aurélio Teles disse que aguarda um contato direto com representantes colorados.”O próprio Parreira indicou o Capone”, assegurou o procurador, referindo-se a Carlos Alberto Parreira, técnico do Inter.
Com a cotação de Capone voltando a crescer, o nome de Cléber, do Cruzeiro, perde força e deixa de ser o preferido para reforçar a zaga do Inter no Campeonato Brasileiro de 2001.
A compra, por parte do Internacional, do passe do atacante Paulo César, por R$ 350 mil, esteve perto de ficar comprometida na tarde desta segunda-feira. O presidente do Villa Nova-MG, Jean Pedrosa, esteve no Estádio Beira-Rio para receber a primeira parcela do pagamento (R$ 200 mil) e mais três cheques pré-datados, de R$ 50 mil reais cada. A presença de Pedrosa estava prevista, mas o que não se esperava era que o dirigente mineiro exigisse o restante do pagamento em cheques pré-datadas, o que não é admitido pela diretoria do Inter. Depois de se reunir com dirigentes colorados, Pedrosa saiu satisfeito, dizendo que o negócio havia sido acertado em definitivo, porém não quis revelar como ocorreu o consenso.
Quando chegou em Porto Alegre, o tom de voz e o conteúdo da conversa de Pedrosa era o de ameaça. Segundo Pedrosa, o Villa Nova recebeu uma proposta do Independiente, da Argentina, de U$ 250 mil (mais de R$ 500 mil) pelo jogador, e se o Inter não aceitasse seus termos, o negócio seria desfeito e Paulo César seria contratado pelo clube argentino.
A vontade de Pedrosa esbarrou em uma questão de princípios da diretoria do Inter: esta não aceita a emissão de cheque pré-datado. “O cheque pré-datado não tem amparo legal e qualquer pessoa, de posse dele, pode sacá-lo”, explicou o vice-presidente de futebol do Inter, Márcio Abreu.
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