Rio - Depois de passar esta sexta-feira na CBF esperando pela liberação de Juninho Pernambucano, a advogada do jogador, Gislaine Nunes, foi vencida pelo cansaço. A entidade não concedeu o atestado liberatório ao Lyon, da França, descumprindo uma ordem judicial, encaminhada pela 41ª Vara Trabalhista, do Rio de Janeiro.
O caso pode resultar na prisão do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, ou de algum outro membro da entidade já na próxima segunda-feira, segundo apurou o colunista do Terra Esportes e apresentador do Esportes Show, Wanderley Nogueira.
Indignada com esta situação, a advogada deixou a sede da entidade prometendo ir até as últimas conseqüências. Ela vai exigir que a multa diária, equivalente a 1/30 dos salários que Juninho receberia do clube francês, seja cumprida. Além disso, a CBF poderá ainda responder por crime de desobediência judicial.
A alegação pela não liberação foi uma suposta cassação da liminar, que garantia o passe livre ao jogador. A explicação ficou a cargo do diretor de registros da CBF, Luís Gustavo. Mas Gislaine Nunes garantiu que não recebeu nenhum documento que justificasse a atitude da entidade.
Ao deixar a CBF, a advogada de Juninho fez questão de avisar que o jogador não voltará mais a vestir a camisa vascaína. Ela confirmou que o clube quitou grande parte da dívida, estipulada em R$ 290 mil, mas que ainda existe uma pendência no valor de R$ 30 mil, referentes a direitos de arena. Gislaine reiterou que não existe a hipótese de um novo acordo para quitar o restante da dívida.