São Paulo - Os jogadores brasileiros discordaram da decisão da Confederação Sul-Americana de Futebol de manter a Colômbia como sede da Copa América deste ano.
Segundo Rogério Ceni, Anderson e Ricardinho, possíveis nomes da lista do técnico Emerson Leão, os recentes atentados fazem da Colômbia um lugar inseguro para receber a competição mais antiga do mundo entre seleções.
``Pela situação que vive o país, pelo risco que correm os jogadores, acho errado (a realização do torneio na Colômbia). A integridade física dos atletas deveria ser preservada'', disse Rogério, goleiro do São Paulo, à Reuters.
Anderson, lateral-deireito do Grêmio, também está receoso com o fato de jogar na Colômbia, onde uma série de atentados deixou pelo menos 12 mortos e 200 feridos nos últimos meses.
``Medo a gente sempre tem. Mas, se for convocado, estarei lá. O jeito é jogar futebol e torcer para que nada aconteça'', disse Anderson, que disputará uma vaga na final da Copa do Brasil contra o Coritiba na quarta-feira.
Questionado se há movimentação dos atletas brasileiros em se unirem para protestar contra a realização do torneio na Colômbia, Ricardinho, meia do Corinthians, respondeu: ``Acho difícil, mas tomara que isso aconteça''.
Apesar do medo dos brasileiros, o presidente colombiano, Andrés Pastrana, garantiu que a competição será ``a copa da paz''.
``Estamos fazendo todos os esforços para garantir a segurança da Copa América... e era necessário informar (a confederação) sobre cada um dos planos, programas e medidas que estão sendo tomadas'', afirmou Pastrana, referindo-se à reunião desta terça-feira na sede da CSF, em Assunção.
O presidente da entidade, o paraguaio Nicolás Leoz, disse que a entidade nunca deixou de apoiar a Colômbia.
A Copa América será disputada de 11 a 29 de julho por dez países: Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Peru, Uruguai, Venezuela e Paraguai.