Rio - Com a autoridade de quem conquistou seis títulos (uma Libertadores, uma Mercosul, dois Brasileiros, um Rio São Paulo e um Estadual) em pouco mais de cinco anos de Vasco, Juninho Pernambucano, solta o verbo e revela que nunca mais trabalharia com Eurico.
“A verdade é uma só: o Eurico não me queria mais no Vasco. Fui oferecido ao Reinaldo Pita para saldar uma dívida do clube, mas a transação não deu certo. Depois, fui avisado pelo Romário e pelo Jorginho que o Eurico não queria mais contar comigo nem com o Felipe”, afirma Juninho, que assume ter batido de frente com o dirigente diversas vezes.
“Com o passar do tempo, o meu prestígio junto à torcida e a minha liderança no grupo foram crescendo. Isso incomodou ao Eurico, que tem por hábito tomar decisões unilateralmente. Não gosto disso. Podia até aceitar as medidas propostas por ele, como a lei da mordaça, mas ele antes tinha a obrigação de conversar com os jogadores”, analisa.
Outra coisa que irrita o apoiador é o fato de, segundo ele, não ter sido tratado com respeito. “Fui afastado do grupo sem nenhum motivo. Sempre dei o meu melhor para o Vasco e acho que não merecia ter sido tratado desta forma. Diante de tudo isso, não havia mais clima para continuar no Vasco”, acredita Juninho, que nega o veementemente o fato de seu passe pertencer a Rivaldo.
Sobre a possibilidade de voltar um dia a São Januário, o jogador é claro. “Amo o Vasco e a sua torcida. O clube não é do Eurico e nem de ninguém. Mas enquanto ele estiver lá eu não volto. Ele trata os jogadores como se fossem analfabetos”, garante o apoiador.
Luisinho é outro que reclama do modo truculento de Eurico. “Ele faltou com o respeito. Fui funcionário do clube por dez anos. Quando fui falar em renovação o Eurico disse que estava gastando muito dinheiro comigo. Me contundi jogando”, desabafa Luisinho.