São Paulo - No dia seguinte ao empate por 2 a 2 com o Grêmio, o goleiro Maurício se isolou para uma sessão de auto-análise. Na segunda-feira, em casa, pegou a fita de vídeo da partida e repetiu diversas vezes o lance do segundo gol gremista preocupado em entender por que não conseguira defender o chute aparentemente despretensioso de Luiz Mário.
"Estive olhando as imagens para tirar uma lição do que aconteceu. Dei a passada para ir de frente para a bola e encaixar, mas ela quicou e tive de voltar e ir de lado", descreve, ainda aborrecido com a própria falha.
O exercício de autocrítica de Maurício foi além das sessões solitárias do vídeo. Na terça, na reapresentação no Parque São Jorge, o goleiro fez questão de conversar com o preparador de goleiros Cantarele. "Procurei não falar com ninguém depois da partida porque fiquei muito aborrecido. Foi triste", afirma Maurício, que só ontem se sentiu mais à vontade para falar da falha. "Mas acho que tive mais virtudes do que erros no jogo", pondera.
Segundo o goleiro corintiano, a bola usada na Copa do Brasil tem diferenças de características da utilizada no Paulistão, de outra marca. "Essa é uma bola mais leve e fica até mais complicado fazer uma pegada firme. A gente treinava com a outra bola durante o Paulista", diz.
"Mas lógico que não foi a bola, mas erro mesmo", reconhece.