Rio - A CPI da Câmara, instalada para investigar supostas irregularidades no futebol brasileiro, chegou ao seu final nesta quarta-feira sem ter um relatório. Usando as prerrogativas que lhe são de direito, o presidente da Comissão, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), impediu a votação de um relatório feito pelos deputados da chamada "Bancada da Bola", composta por deputados ligados a clubes e entidades, que contava com 17 assinaturas dos 25 membros da CPI.
A "Bancada da Bola" mostrava sinais que o relatório do deputado Silvio Torres (PSDB-SP), que indiciava 33 pessoas, seria recusado. Então, Aldo encerrou a sessão alegando falta de quorum.
Não assinaram o relatório da "Bancada da Bola" os deputados Aldo Rebelo (PC do B-SP), Silvio Torres (PSDB-SP), Jurandil Juarez (PMDB-AP), Dr Rosinha (PT-PR), Eduardo Campos (PSB-PE), Pedro Celso (PT-DF) e Olimpio Pires (PDT-MG). O deputado Rubens Furlan (PPS-SP) esteve ausente.
Todos os deputados que não fazem parte da "Bancada da Bola" decidiram que vão encaminhar ao Ministério Público do Distrito Federal e do Rio de Janeiro as denúncias que constavam do relatório de Silvio Torres.
“Todos os parlamentares têm direito de enviar denúncias ao Ministério Público. O grupo pró-CPI vai fazer isso. O Ministério Público do Rio de Janeiro mostrou-se muito receptivo e interessado em receber o relatório do deputado Silvio Torres. Não vamos permitir que nove meses de trabalho sejam jogados fora por essa bandalheira”, afirmou o deputado Pedro Celso.