São Paulo - Para a Portuguesa, que nunca quis atrair apenas a colônia lusitana, a discussão sobre nome não é nova. Há 35 anos se fala no Canindé em mudança ou acréscimo ao nome "Portuguesa". Entretanto, só há 4 anos foi aprovado o acréscimo de um "sobrenome" à razão social do clube pelo seu conselho deliberativo.
Na segunda-feira, no evento que marcou a apresentação do projeto da Brunoro & Cocco Sport Business para a Portuguesa, o tema novamente veio à tona. A empresa de marketing esportivo, que administra os departamentos de marketing e de futebol profissional da Lusa, sugeriu o sobrenome "Real" aos dirigentes do clube. "A mudança iria respeitar as tradições da Portuguesa. Seria a longo prazo e aconteceria de uma maneira imperceptível. O processo de alteração do nome pode durar até 3 anos. A razão social do clube passaria a ser Associação Real Portuguesa de Desportos e, com o passar do tempo, o Real ganharia mais destaque", explica José Estevão Cocco, sócio e diretor de marketing da Brunoro & Cocco.
Segundo o vice–presidente de Marketing da Lusa, Orlando Cordeiro de Barros, o acréscimo do nome não pode ser feito de qualquer forma. "Esse é um assunto que mexe com raízes, com cultura e merece todo o cuidado. A mudança de razão social vem dentro de um planejamento, que é o que está sendo feito pela Brunoro", disse Barros.
Segundo José Carlos Brunoro, sócio da Brunoro & Cocco, o novo sobrenome – e futuro nome – deve preencher alguns pré–requisitos. "Deve ser curto, sonoro, simpático e precisa remeter à tradição portuguesa sem ser tão explícito como Lusa ou Portuguesa", disse.