Fortaleza - O atacante Iarley, do Uniclinic, está ameaçado de ter sua carreira interrompida até 2003. O jogador está sendo investigado pelo Comitê de Competição da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) por uso de passaporte falso e pode ser suspenso por dois anos pelo crime de fraude documental. No último dia oito, o relator do processo de investigação, José Manuel Fraile Azpeitia, recomendou a punição do brasileiro ao Conselho da Federação.
O prazo para o jogador recorrer da recomedação esgotou-se ontem, mas Iarley diz que não tem tomado conhecimento do andamento do processo. ``Falei há alguns dias com meu empresário e ele é quem está cuidando do assunto. Eu sou inocente e sei que isso vai ficar provado'', diz o atacante.
Iarley foi levado para o futebol europeu há cinco anos. No início do ano defendeu o Ceuta, da segunda divisão espanhola (não confundir com o Celta de Vigo, que disputa a primeira divisão). Lá, segundo ele, o clube teria providenciado um passaporte português para ele. ``Não pedi nada e só fiquei sabendo disso depois. Não tenho nenhuma descendência portuguesa'', admite.
O passaporte dava ao atacante a condição de jogador comunitário, permitindo que ele atuasse em qualquer clube dos países integrantes do Mercado Comum Europeu como cidadão português e não como estrangeiro. O caso de Iarley irá a julgamento na Federação Espanhola, mas ainda não tem data definida. Caso a punição seja confirmada, a suspensão terá aplicação imediata.