Londres - O presidente da Fifa, Joseph Blatter, enfrentará a batalha mais dura de sua carreira nesta semana, quando dirigentes de cerca de 200 associações nacionais se reunirem em Buenos Aires para o Congresso Extraordinário da Fifa.
Blatter, de 65 anos, terá que convencê-los de que tomou as decisões corretas para a Fifa ao ter escolhido o parceiro de marketing ISL/ISMM, que acabou indo à falência. Ele também terá que sustentar que seu estilo pessoal de comando é o apropriado para a entidade.
Por outro lado, ele enfrenta ainda a remota possibilidade de não receber o voto de confiança de todos os membros, o que poderia forçá-lo a renunciar ao cargo de homem mais importante do futebol mundial. Isso, entretanto, é improvável.
Antes de enfrentar o Congresso no próximo sábado, 7 de julho, Blatter terá que superar ainda uma extremamente complicada reunião do Comitê Executivo na quinta-feira.
Blatter prometeu entregar respostas completas e por escrito às 25 perguntas apresentadas pela Uefa, que comanda o futebol na Europa, sobre a falência da ISL, seu salário e outros assuntos relacionados à atual crise da entidade.
Se ele conseguir passar ileso por isso, é quase certo que Blatter receba um voto de confiança no Congresso.
Entretanto, se o Conselho Executivo não ficar satisfeito com suas respostas na quinta-feira e optar por tomar medidas drásticas, o homem que vai substituí-lo como presidente da Fifa será o primeiro vice-presidente, Julio Grondona, de 69 anos, presidente da Federação Argentina.
Ele deverá permanecer no cargo pelo menos até o Congresso do ano que vem, em Seul, pouco antes do início da Copa do Mundo.