Rio - Logo que ele se apresentou ao Fluminense, a semelhança de seu tipo físico com o de Roberto Carlos chamou a atenção de todos. Quando o lateral-esquerdo começou a treinar, a velocidade e o ímpeto ofensivo fizeram o nome do lateral da Seleção Brasileira voltar à tona. O próprio Ânderson admite que ainda está longe de atingir o nível de Roberto Carlos, mas seu início de trabalho nas Laranjeiras é dos mais animadores. “Sinto que estou ganhando a confiança do treinador”.
De fato, está. Oswaldo de Oliveira é só elogios ao lateral. “Ele tem um cruzamento muito bom. Vai ao ataque com muita eficiência. Estou gostando muito”, diz o técnico Oswaldo de Oliveira.
Ânderson diz que ser comparado a Roberto Carlos, em especial pelo tipo físico, é algo que o acompanha há muito tempo. “Tenho o hábito de jogar a bola na frente do marcador e partir em velocidade. É uma jogada que o Roberto Carlos faz muito bem. Muita gente me fala isso. Minha característica é parecida com a dele. Tiro proveito da minha facilidade de chegar à linha de fundo. Sou bem melhor atacando do que defendendo. O cruzamento e o chute são meus pontos fortes.
Fã de Serginho, o jogador, de apenas 24 anos, já viveu momentos difíceis. Aos 21 anos, foi para a Grécia jogar no Panathinaikos e não se adaptou. “Só agüentei seis meses. Fui sozinho e deixei Belém, com temperatura de 40 graus, para um lugar onde fazia dois. Chamei minha família para ficar um tempo lá, até que pedi para voltar”, diz o jogador, lembrando que vivia trancado na concentração e teve problemas com a língua.