Seleção amarela mas se classifica no sufoco
Quinta-feira, 19 Julho de 2001, 00h27
São Paulo – Jogando de camisas amarelas, a Seleção Brasileira sofreu um bocado para vencer por 3 a 1 o Paraguai, nesta quarta-feira, em Cali, na Colômbia, e se classificar para a próxima fase da Copa América. Alvarenga, cobrando pênalti, abriu o placar para os paraguaios aos 10 minutos de jogo. O Brasil só conseguiu empatar aos 15 da segunda etapa, com Alex, virou aos 44, com Belletti e fechou aos 47, com Denílson, que tocou para os outros dois gols e foi o nome do jogo.
Com o resultado, a Seleção Brasileira chegou aos 6 pontos no Grupo B e garantiu a liderança. O próximo adversário dos brasileiros sairá do Grupo C e será Uruguai, Honduras ou Costa Rica (o segundo colocado deste grupo). A partida está marcada para a próxima segunda-feira, mas pode ser antecipada para domingo, em Manizales.
O gol precoce do Paraguai tornou o jogo dramático para os comandados de Luiz Felipa Scolari. Afinal, o Peru vencera o México por 1 a 0 na preliminar, resultado que eliminaria o Brasil em caso de derrota. Ao contrário do que dissera Felipão, o Brasil atuou de camisas amarelas, e não com o azul que teria dado sorte contra o Peru.
O esquema mais cauteloso, sem os Juninhos Paulista e Pernambucano, montado por Felipão, parecia até que ia vingar. A Seleção errava passes no comecinho da partida, mas partiu com tudo para cima dos paraguaios. Só que Felipão não contava com os erros da zaga, que bateu cabeça sempre que exigida.
Foi assim aos 10 minutos, quando o Paraguai tabelava na área e Emerson deu um carrinho imprudente em Morinigo. O juiz argentino Ángel Sánchez marcou pênalti. Alvarenga cobrou muito bem e deixou os paraguaios em vantagem no placar.
O resultado fez a Seleção ir para cima do Paraguai, mas aos trancos e barrancos. Na raça e sempre pela esquerda, Júnior, Alex e Ewerthon tentavam algo, mas esbarravam na retranca adversária. É bem verdade que houve bons momentos, como aos 32 minutos, quando Ewerthon recebeu na meia-lua, deu um toque e chutou no poste superior de Tavarelli.
O Paraguai levava perigo nos contra-ataques e contava com os erros de passe, em especial de Emerson, Eduardo Costa e Roque Júnior.
Ainda no final da primeira etapa, Ewerthon sentiu uma distensão muscular e deixou o campo para a entrada de Denílson. Esta seria a única alteração de Felipão até o início do segundo tempo.
A etapa complementar da partida começou com a Seleção pressionando sem parar e abrindo espaço para o contra-golpe paraguaio. Aos 3 minutos, Júnior chutou forte e rasteiro. Tavarelli largou a bola e Guilherme pegou o rebote no susto, chutando para fora. Marcos ainda faria uma grande defesa, salvando o Brasil aos 5 minutos. Aos 13 minutos, Roque Júnior levou o segundo amarelo e foi expulso.
Aos 15, Denílson fez bela jogada pela esquerda e rolou para Alex. O meia dominou e chutou colocado, sem chances para Tavarelli. Belo gol.
O gol deu mais tranqüilidade à Seleção, que passou a tocar os passes e se precaver. Aos 35, a coisa ficou mais fácil com a expulsão de Caniza, que entrara duro em Belletti.
Era a deixa para os gols de Belletti e Denílson.
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