Atlanta (EUA) - A estrela do basquete norte-americano Patrick Ewing testemunhou na segunda-feira que recebeu ``favores sexuais'' de uma stripper de um bar em Atlanta, que promotores federais dizem pertencer à família Gambino, uma das maiores do crime organizado.
Ewing, há 17 anos na NBA, disse que os atos sexuais aconteceram no fim da década de 90, enquanto ele e outros atletas relaxavam em salas VIP no Gold Club, um bar de nudismo de Atlanta que já foi frequentado por estrelas como Madonna.
``As garotas dançavam e começaram a me tocar'', disse ele ao tribunal, relembrando sua primeira visita ao local, em 1996. Ele disse que as dançarinas fizeram sexo oral nele.
O astro da NBA foi o primeiro atleta profissional a testemunhar no julgamento do dono do Gold Club, Steve Kaplan, e seis outras pessoas acusadas de prostituição, empréstimos ilegais de dinheiro, fraudes e outros crimes supostamente cometidos no bar.
Os promotores argumentaram que o Gold Club era usado para lavar dinheiro criminoso da família Gambino, baseada em Nova York. Os advogados de defesa negam as acusações e dizem que Kaplan foi extorquido pelos Gambinos.
Ewing, que assinou um novo contrato com o Orlando Magic na semana passada, disse ter recebido favores sexuais semelhantes quando visitou o clube com seus ex-colegas do New York Knicks Larry Johnson, John Starks and Charles Oakley em 1997 ou 1998. Ewing jogou pelo Knicks durante 15 anos.
Mas o atleta, que não está sendo acusado no julgamento, disse nunca ter pago pelos atos sexuais. ``Me disseram que já estava pago'', testemunhou ele.
Os promotores federais dizem que os shows eróticos dados a Ewing e outros atletas nas salas VIP do Gold Club -- onde uma garrafa de champanhe custa 500 dólares e as contas frequentemente ultrapassam milhares de dólares -- eram parte de uma estratégia de marketing para tornar o bar um dos lugares favoritos entre os atletas profissionais que passavam por Atlanta.
Jana Pelnis, uma ex-stripper, testemunhou na segunda-feira que recebeu centenas de dólares para fazer atos sexuais em Ewing e outros atletas.
Pelnis, que fez um acordo com os promotores e se declarou culpada de prostituição em vários Estados, disse que ela e outra dançarina foram pagas por Kaplan para entreter o jogador Terrell Davis, do Denver Broncos (time de futebol americano) no Super Bowl de 1999.
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