São Paulo – O brasileiro Luciano Burti, da Prost, protagonizou neste domingo o mais grave acidente do GP da Alemanha. Logo na largada, a Ferrari de Michael Schumacher, com problemas, se arrastava na pista quando foi atingida pelo piloto paulista. Seu carro ‘voou’ até atingir um muro de proteção. A batida causou o cancelamento da partida e a realização de uma segunda largada.
Ao final da corrida, Burti disse que não havia como evitar o choque com Schumacher. “Vendo pela TV, foi muito pior que dentro do carro. Graças a
Deus o carro de F-1 é muito seguro. Estava bem próximo do Zonta e puxei para a direita para tentar
ultrapassá-lo quando vi a Ferrari do Schumacher. Não pude fazer nada, pois não havia espaço para desviar e só pude frear um pouco para tentar amenizar a batida. Depois, tudo parecia em câmera lenta. Vi o céu, percebi que estava de cabeça para baixo e logo na seqüência já estava na barreira de pneus. Não foi tão ruim quanto pareceu”, declarou. “Para ser sincero, o acidente foi só um susto. Doloroso foi ter que abandonar uma corrida em que eu tinha tudo para marcar pontos."
Depois da segunda largada, Burti usou o carro reserva de Jean Alesi e acabou batendo novamente.
"Foi uma pena, pois estava muito satisfeito com o meu ritmo de prova.
Fiquei surpreso pois o carro reserva do Jean (Alesi) estava rendendo
ainda melhor do que meu titular. Mas logo depois das primeiras voltas
comecei a sentir dores no braço esquerdo e, como o volante do AP04 já é
pesado (pois não tem direção hidráulica), foi ficando cada vez mais
difícil segurar o carro. Em uma das curvas, acabei errando (quando foi
ultrapassado pelo Alesi), depois rodei e, mais tarde, voltei a escapar
da pista, desta vez sem ter como voltar, pois a dor era grande e não
tinha força para controlar o carro."