Buenos Aires - O secretário-geral do sindicato Futbolistas Argentinos Agremiados (FAA), Sergio Marchi, disse na noite de terça-feira que, encerrado o prazo para o pagamento das dívidas que os clubes têm com seus jogadores, o campeonato nacional não vai começar na sexta-feira.
``O acordo não foi cumprido. Hoje não temos nada e o futebol não começa tal como estão as coisas'', disse Marchi ao sair à noite da sede do sindicato dos jogadores.
O sindicato realizou em maio uma greve exigindo dos clubes que saldassem uma dívida de 38 milhões de dólares com seus jogadores.
Depois de 11 dias de paralisação, a Associação de Futebol Argentina (AFA) e a FAA fecharam um acordo em que a AFA se comprometeu a pagar a dívida.
Segundo o acordo, homologado pelo ministério do trabalho, ficou estabelecido que a AFA saldaria em 30 de maio 35 por cento da dívida correspondente à primeira das duas cotas, e no dia 31 de julho os 65 por cento restantes.
``O dinheiro não apareceu e não foi cumprida a ata firmada no ministério do trabalho'', disse o líder sindical e ex-jogador Carlos Pandolfi.
A AFA só conseguiu fazer o pagamento dos 35 por cento da dívida graças a um empréstimo de 20 milhões de dólares concedido pelo Credit Suisse First Boston.
Somente oito clubes, além de todos os da segunda divisão, receberam o pagamento da primeira cota.
O resto, com exceção do River Plate e do Boca Juniors, que refinanciaram as dívidas com seus jogadores, e do Cólon, o único que está em dia com seus atletas, não fez os pagamentos porque a dívida ainda está sendo auditada.
Para conseguir o dinheiro visando pagar os 65 por cento restantes, a AFA solicitou outro empréstimo junto ao Banco de la Nación Argentina, mas não fechou o acordo por causa dos altos juros exigidos.
O Torneio Apertura deveria começar na sexta-feira com a partida entre o Racing Club e o Argentinos Juniors