Rio - Maurren Higa Maggi vem de uma seqüência de bons resultados no salto em distância em meetings disputados pela Europa. Elisângela Adriano, recordista sul-americana no arremesso de peso, já enfrentou suspeita de doping, teve uma séria contusão, mas está recuperada.
As duas brasileiras de histórias e chances de medalha tão diferentes estréiam hoje no terceiro dia do 8º Campeonato Mundial de Atletismo, em Edmonton, no Canadá.
Medalha de ouro no Pan-Americano de Winnipeg (CAN), em 1999, Maurren é uma das favoritas e tenta a partir das 17h30min (horário de Brasília) qualificar-se à final do salto em distância. A seu favor, as vitórias obtidas nos meetings de Milão (ITA), Sevilha (ESP) e Nuremberg (ALE).
"O giro europeu me deu confiança para disputar o Mundial", conta Maurren, com o respaldo da marca de 6,87m, uma das melhores do ano, e o apoio do técnico Nélio Moura.
"Este ano foi como uma retomada de sua carreira. Hoje ela está física e psicologicamente bem", lembrando das Olimpíadas de Sydney-2000, quando Maurren sofreu uma lesão na coxa e ficou longe das medalhas.
Elisângela Adriano quer esquecer os problemas que já enfrentou na carreira. Aos 28 anos e integrante da Seleção desde juvenil, a atleta livrou-se de uma acusação de doping dias antes dos Jogos Olímpicos do ano passado, mas não obteve índice. Recuperada da cirurgia no dedo médio da mão direita, a recordista sul-americana do arremesso de peso bota fé.
"Tive uma fibrose e cheguei a duvidar de que poderia voltar a arremessar. Mas os bons resultados deste ano me devolveram a confiança", diz Elisângela, que faz sua estréia às 11h30min. A final é no mesmo dia.