Buenos Aires - O presidente do Boca Juniors, Mauricio Macri, apresentou na quinta-feira um projeto para salvar o futebol argentino, que atravessa uma greve há uma semana por causa das dívidas milionárias que os clubes têm com os jogadores.
"Com esse projeto, o futebol poderá ir adiante, mas antes deve-se fazer um trabalho de artesanato e com a aplicação correta se poderia triplicar a receita dos clubes", disse Macri, antes de expor suas idéias.
O projeto apresentado por Macri é um salão do estádio do Boca, que foi chamado por seu inventor de "regime de adequação de associações esportivas". A proposta do dirigente conta com três etapas bem definidas: Núcleo, enquadramento e SAD (Sociedades Anônimas Desportivas).
O núcleo estaria composto pelos emblemas dos clubes e a essência das instituições.
O enquadramento deixaria em evidência que os clubes são sociedades sem fins lucrativos e atuariam com o aval de seus dirigentes.
Para cumprir com o enquadramento, Macri propôs que a Secretaria de Desportes da Nação seja encarregada de nomear uma pessoa (ente) para supervisionar vários requisitos.
"O ente teria a missão de controlar os dirigentes para que respondam com avais próprios 100 por cento do proposto anual", explicou o dirigente. "No caso do não cumprimento desses requisitos deverão responder por cada parcela de uma possível convocatória de credores", completou.
E se os dirigentes se negarem a responder à convocatória, o clube não poderá competir na temporada seguinte e se licitariam a receita por publicidade, mercado e outros, cuja arrecadação seria destinada a pagar os credores.
A idéia de os clubes se transformarem em sociedades anônimas, no entanto, "tem pouco apoio da dirigência", afirmou o próprio Macri.