Rio - A solução para a falta de pontaria da Seleção Brasileira só chegou a Curitiba na quinta-feira e apenas ontem participou do primeiro treino com o grupo. Rivaldo é a grande esperança de gols para o jogo da próxima quarta-feira, contra o Paraguai, em Porto Alegre. A partida, válida pelas Eliminatórias, será decisiva para o Brasil continuar com esperanças de ir à Copa do Mundo.
Nesta semana, Rivaldo atuou na fase preliminar da Liga dos Campeões e fez três gols pelo Barcelona contra o Wisla Cracovia, da Polônia, na vitória de 4 a 3. Foi só o jogador desembarcar no Brasil para o técnico Luiz Felipe Scolari ir perguntar ao atleta qual a fórmula do sucesso.
"Assim que cheguei, ele veio querer saber como atuei na Polônia. Pelo Barcelona, jogo como atacante e venho fazendo muitos gols assim", explica Rivaldo, que tem Overmars e Kluivert como companhia à frente.
Na Seleção Brasileira, o nome do seu companheiro de ataque, é a grande dúvida de Felipão. Élber era o favorito, mas como só deve chegar amanhã ao Brasil depois de defender o Bayern, pode perder a vaga no time. Dessa forma, o nome de Edílson ganha força. Marcelinho Paraíba, Denílson e Euller são as outras opções.
"Do meio para a frente, o Rivaldo joga em qualquer posição. Mas é no ataque que ele vem atuando", justifica o técnico Felipão.
Pela Seleção Brasileira, Rivaldo tem uma média de quase um gol a cada dois jogos. Em 57 partidas, ele balançou as redes 28 vezes. Mas para poder ser a referência do Brasil no ataque e receber a responsabilidade de marcar os gols, Rivaldo pede um esquema especial.
"Lá (no Barcelona), eu tenho liberdade, fico livre no ataque e não tenho obrigação de marcar. Os jogadores se sacrificam por mim e eu dou a retribuição na frente", conta.
Sobre o fato de se apresentar com dois dias de atraso, Rivaldo preferiu não polemizar.
"Na Espanha isso também virou polêmica. Mas fico numa situação difícil, porque quero jogar tanto pelo clube como pela Seleção. Desta vez, o Barcelona, que ganhou uma autorização da Fifa, levou a melhor", disse.