Tóquio - Os jogadores japoneses recentemente contratados por clubes da Europa começam a sentir o peso da responsabilidade de jogar no ``velho continente''.
As temporadas ainda estão para começar, mas Junichi Inamoto e Akinori Nishizawa, que vão jogar no futebol inglês, e Shinji Ono do Feyenoord, da Holanda, já estão sentindo seus passos serem seguidos pelos repórteres japoneses a cada movimento.
Hidetoshi Nakata, o jogador mais conhecido do país, já vem gradualmente se acostumando com a atenção depois de passar três anos na Roma. No mês passado, ele foi vendido por 26 milhões de dólares para o Parma.
Para Inamoto e Ono a experiência vai providenciar um teste a mais para as duas estrelas internacionais -- ambos de 21 anos -- tentar se aclimatar aos seus novos estilos de vida.
Inamoto, que foi comprado pelo Arsenal em julho junto ao Gamba Osaka por 5,6 milhões de dólares, teve que participar de uma entrevista coletiva na semana passada para garantir a seus fãs no Japão de que estava bem, depois que reportagens nos jornais japoneses disseram que ele estava deprimido.
Ao contrário do que disseram as publicações, ele garantiu que não está triste por acompanhar do banco de reservas as outras estrelas do time, como o francês Patrick Vieira e o novato holandês Giovanni van Bronckhost, começarem como titulares na pré-temporada do Arsenal.
Ono, que assinou com o Feyenoord vindo do Urawa Reds, recentemente sentiu o peso da ira do técnico Bert van Marwick contra repórteres japoneses acompanhando Ono em Roterdã.
``Estou cansado em responder perguntas sobre Ono todos os dias. Não tenho nem a intenção de colocá-lo como titular'', disse van Marwick. ``Não posso nem garantir em que posição ele vai jogar''.
Até mesmo os jogadores se acham incomodados com a mídia japonesa, e Nakata com freqüência ignora os repórteres japoneses.