Londres - O ex-astro do futebol argentino Diego Maradona citou Rivaldo como o jogador que ele mais gosta de ver atuar hoje em dia.
``Rivaldo. Adoro vê-lo jogar. É o único que me alegra. Gosto também do Luis Figo, mas ainda não é um jogador completo'', disse Maradona ao site oficial da Fifa (Federação Internacional de Futebol).
Maradona disse que é preciso fazer algo para assegurar que a habilidade como a de Rivaldo não desapareça. Ele afirmou que está preocupado com a tendência do futebol em privilegiar táticas e preparação física em detrimento da habilidade e técnica.
``O futebol não tem o nível técnico de antigamente, como pudermos ver por exemplo nas Copas passadas. Acredito que não joguem mais bola nas ruas, pátios ou bairros porque não existem esses espaços livres'', explicou.
``Às vezes assisto a um jogo e penso que os jogadores poderiam ser substituídos por robôs.''
O ex-jogador concorda com os altos valores pagos na contratação de bons jogadores, mas reclama das cifras quando se trata de atletas ``medíocres''.
``O que me assusta não são as elevadas cláusulas de rescisão das grandes estrelas, e sim o fato de que se pede muito dinheiro por jogadores normais ou medíocres.''
``Os 60 milhões de dólares por (Zinedine) Zidane tudo bem, afinal de contas é um grande jogador. Mas hoje em dia não há muitos atletas com sua qualidade e mesmo assim pedem muito dinheiro por eles. Não entendo'', afirmou o ex-jogador.
Maradona tornou-se o jogador mais caro do mundo quando em 1982 o Barcelona pagou ao Argentino Junior cerca de 6 milhões de dólares por ele.
Maradona chega a dizer que Zidane e seu companheiro de Real Madrid Luis Figo, jogador português que era o mais caro do mundo antes da negociação com Zidane, não receberam uma parte justa do valor pago por eles.
Lutador pelos direitos dos jogadores de futebol desde o tempo em que atuava, o argentino disse que o mundo milionário do futebol só é sustentado pela capacidade dos atletas.
``Os clubes recebem parte do leão, não os jogadores, e isso não é correto. As grandes estrelas seguem cobrando pouco'', acrescentou Maradona, que esteve em Cuba para tratamento contra as drogas nos últimos anos.