Londres - Se o australiano Patrick Rafter estiver falando sério sobre seus planos de abandonar o tênis, nada melhor que encerrar sua carreira erguendo pela terceira vez o troféu de campeão do Aberto dos EUA.
Mas ele terá adversários difíceis. Ele aponta o brasileiro Gustavo Kuerten com um dos favoritos.
``Talvez eu não tenha experiência em disputar uma semifinal ou final em Nova York, mas acho que já estou no mesmo nível de competição dos melhores jogadores'', disse Guga, que venceu este mês em Cincinnati, chegou à final em Indianapolis e à semifinal em Los Angeles.
``Acho que, no passado, era justo dizer que ele não estava entre os favoritos'', disse Rafter sobre Guga. ``Mas agora acho que deve-se olhar de perto o quão perigoso Guga pode ser aqui.''
Rafter está fazendo uma boa temporada nas quadras rápidas. Após ser derrotado na final de Wimbledon, ele foi finalista em mais três torneios consecutivos -- Montreal, Cincinnati e Indianapolis.
Em 1997, Rafter também havia participado de várias decisões antes de chegar ao estádio Arthur Ashe e ganhar seu primeiro título de Grand Slam. Em 1998, ele voltou aos EUA para conquistar o bicampeonato.
Rafter finalmente obteve o seu primeiro título do ano na semana passada, ao bater Gustavo Kuerten em Indianapolis. Guga abandonou a partida ainda no primeiro set em razão de uma contusão.
Mas a disputa no Aberto dos EUA promete ser complicada para o australiano, que caiu na mesma chave do cabeça-de-chave número 2, Andre Agassi, e de outro norte-americano, Pete Sampras, quatro vezes campeão do torneio.
Aos 31 anos, Agassi não fala ainda em aposentadoria. Mas este deve ser o seu último Grand Slam que disputa sem ter de acordar de madrugada com um bebê chorando. ``Ainda não sou pai, então não sei como vai ser'', disse o tenista, cuja namorada Steffi Graf espera um filho para dezembro. ``Imagino que muita coisa vai mudar na minha vida''.
Sampras tenta recuperar a antiga aura de invencibilidade. ''Não há razão para entrar em pânico com o jeito que as coisas caminharam este ano'', disse ele, que não ganha nenhum troféu desde Wimbledon do ano passado. ``Tem sido um ano decepcionante, mas sei que posso reverter isso rapidamente''.
O russo Marat Safin também corre atrás de uma reviravolta. O jovem tenista chegou a liderar o ranking mundial ao derrotar Sampras na final do Aberto dos EUA do ano passado. Contusões e um desempenho irregular levaram Safin a um ano bem inferior, sem nenhuma conquista até agora.