São Paulo - O presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, montou um projeto de Liga Rio-São Paulo no qual é o primeiro presidente da entidade. Mas ainda não tem o apoio dos grandes paulistas na empreitada, como revela o jornalista Juca Kfouri, em sua coluna no jornal Lance!. O presidente do conselho deliberativo do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, seria o vice.
O diretor da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto, está por trás do acordo. Com o argumento de que Farah é a saída, ele conseguiu trazer ate Eurico Miranda para o bloco.
Mas Farah ainda está longe de ver seu projeto aprovado: Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos se recusam a assinar o documento, por entenderem que a liderança da liga deve ficar com outra pessoa. No Rio, o Fluminense também não endossou.
“Fizemos algumas observações e estamos aguardando resposta do Hélio Viana (sócio da Pelé Sports & Marketing)”, afirmou o presidente do Fluminense, David Fischel.
No texto elaborado pela Pelé Sports & Marketing, com auxílio da GV Consult e do escritório de advocacia Pinheiro Neto, 16 clubes seriam os formadores da liga, em forma de empresa, com capital social de R$ 200 mil, divididos em quotas. Os oito grandes teriam 10% cada e os oito pequenos (Portuguesa, Ponte Preta, Guarani, Botafogo-SP, Etti Jundiaí, Bangu, América e Americano), 2,5%.
O critério para a inclusão dos times na liga é subjetivo. A minuta diz que só serão quotistas da liga times que disputarem a primeira divisão de competições que sejam organizadas pela própria liga. Não fica claro como os times chegam à essa divisão.
Times que forem rebaixados perdem os direitos políticos na liga.
A minuta do contrato prevê que a Liga Rio-São Paulo possa organizar competições com clubes que não pertençam à liga, abrindo brecha para um campeonato nacional. Farah não quis falar com o Lance! nesta segunda.