Rio - Os torcedores radicais da Lazio cumpriram a promessa e não compareceram à Copa Shalom, um torneio anti-racismo organizado pela diretoria do clube italiano e que contou com a participação do Asec Mimosas, da Costa do Marfim, e do Maccabi Haifa, de Israel, além da própria Lazio. A "Curva Nord", setor do Estádio Olímpico onde ficam os radicais, estava praticamente vazia.
Os torcedores resolveram seguir o manifesto divulgado por três das principais torcidas organizadas da equipe italiana, que criticaram a realização da competição. Segundo eles, a atual situação política, especialmente no Oriente Médio, faz com que a realização do torneio seja incoerente.
Apesar disso, os dirigentes gostaram do resultado e criticaram a atitude. O presidente da federação italiana de futebol(FIGC), Franco Carraro, disse que a reação foi superficial. Já Sérgio Cragnotti, presidente da Lazio, ficou satisfeito com o comparecimento de público e com o clima do evento.
Mas foi melhor mesmo que os "ultras" italianos não tivessem comparecido. Para desespero deles, o título da Copa ficou com o Mimosas, que derrotou a Lazio na final por 3 a 1, depois de ter passado pelo Maccabi Haifa por 1 a 0. O time da casa havia goleado os israelenses por 4 a 0, com um dos gols sendo marcado pelo lateral esquerdo César, ex-São Caetano.