São Paulo - Começa neste sábado o campeonato mais inchado e difícil do futebol brasileiro. Trata-se da Série C, na qual 65 times correm atrás das duas únicas vagas à Série B. Arriscar um favorito antecipado é pura loteria.
A competição conta com pouco apoio da CBF e isso está sendo criticado pelos clubes. A entidade arcará com as despesas de transporte e estadia de apenas um clube por estado, o que dá um total de 27, ou 41% dos participantes. Isso significa que no caso do Rio, por exemplo, só o Olaria, que teve a melhor colocação entre os seis convidados, não terá gastos quando tiver que fazer uma viagem com distância superior a 700 km.
“Fica difícil formar uma equipe competitiva desta maneira. Só contamos com o dinheiro da bilheteria”, diz André Monteiro, gerente de futebol do Friburguense.
Ele lembra outro problema: como só souberam no fim da semana passada que disputariam a Série C, o time ainda está atrás de reforços.
Quase todos estão na mesma situação. Bicampeão maranhense e favorito a uma das duas vagas do Grupo B para a fase semifinal, o Moto Clube fez um acordo com o rival Maranhão e o Viana para reforçar seu elenco a toque de caixa. “Demoraremos para entrosar o elenco”, disse o técnico Raimundão.
O argumento também é usado por Mirandinha, técnico do Rio Negro (AM) favorito do grupo A.