Rio - Em audiência pública realizada na tarde desta quinta-feira, na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), o presidente da Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro), Francisco de Carvalho, o Chiquinho da Mangueira, negou que haja falta de controle nas vendas de ingresso no Maracanã no Maracanã.
Chiquinho foi convidado a prestar esclarecimentos depois da publicação de uma matéria no Jornal do Brasil que apontava possíveis irregularidades nas vendas, uma vez que os ingressos nas mãos dos cambistas eram mais baratos que os vendidos nas bilheterias.
Ele também negou a tese de evasão de renda. Segundo Chiquinho, em todas as roletas do estádio há um sistema online que contabiliza a entrada do público pagante. Baseado nisso, a Suderj garante o repasse dos 8% da renda a que tem direito.
No entanto, com o objetivo de divulgar no placar do estádio o público presente e o público pagante, Chiquinho vai propor aos clubes que entreguem os seus borderôs até as 12h do dia do jogo. "Farei o possível para conseguir que os clubes emitam estes borderôs em tempo hábil para divulgação nos dias dos jogos", disse Chiquinho.
De acordo com Chiquinho, os clubes recebem uma cota de ingressos para venda antecipada e costumam destinar parte destas entradas para as torcidas organizadas, que, por sua vez, as repassam para os cambistas, por um preço abaixo do cobrado nas bilheterias. "Os ingressos cedidos pelos clubes às torcidas organizadas acabam se transformando em uma ponte para os cambistas".
Chiquinho revelou que vai conversar com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) para imprimir os ingressos das torcidas organizadas com os dizeres ‘venda proibida’, o que facilitaria o controle das vendas irregulares feitas pelos cambistas.