São Paulo – Uma reunião realizada nesta segunda-feira confirmou Eduardo José Farah como presidente da recém-criada Liga Rio-São Paulo. “Fui indicado pelos clubes como presidente. Serei remunerado, acho isso correto”, afirmou o ainda presidente da Federação Paulista de Futebol em entrevista à Rádio Jovem Pan.
O dirigente cumprirá seu mandato na FPF até o ano que vem, e depois vai se dedicar integralmente à nova Liga, que organiza um torneio chamado Copa Rio-São Paulo, no primeiro semestre do próximo ano, com 16 clubes, os integrantes da Liga (nove clubes de São Paulo: Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Santos, Portuguesa, Ponte Preta, Guarani, Botafogo e Etti e sete do Rio: Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, América, Bangu e Americano). O São Caetano, apesar de ser vice-campeão da Copa João Havelangee atual líder do Brasieirão, está fora. A competição vai ‘substituir’ o Campeonato Paulista para os grandes clubes de São Paulo. e deve acabar com o Campeonato Carioca.
Farah será remunerado no novo cargo, como é desde setembro na FPF. “Vai ser determinada uma remuneração para todos executivos da Liga. Na Federação Paulista eu poderia receber desde 96, mas passei a receber agora por questões tributárias.”
O dirigente revela que a cúpula da Liga Rio-São Paulo acertou um revezamento entre os dois estados no poder, lembrando a política do café com leite, realizada no Brasil no começo do século, quando São Paulo e Minas Gerais também se revezaram na presidência. “Quando o presidente for de São Paulo, o vice será carioca. A cada mandato será trocado o estado que fica no poder”.
Farah não esconde seus planos para o fim do mandato na Liga Rio-São Paulo. “Eu não vou dizer que não quero ser presidente da CBF. Sou favorável a um comitê executivo nos moldes da Fifa e da Uefa. Se isso for feito, posso me candidatar.”