Rio - Dois dias de testes no Autódromo de Estoril, em Portugal, mesmo em condições distantes das ideais, bastaram para que Mario Haberfeld tenha uma idéia clara da equipe pela qual deve disputar o próximo campeonato internacional de F-3000.
Andando o tempo todo com chuva ou pista úmida, o piloto brasileiro ficou muito bem impressionado com o trabalho da equipe Nordic, que conquistou o título de pilotos, com o inglês Justin Wilson, e o de equipes da categoria nesse ano.
Para Haberfeld, que teve uma temporada repleta de dificuldades correndo pela equipe Super Nova, o simples fato de o carro não ter apresentado nenhum defeito pode definir sua escolha.
Mesmo tendo ficado apenas em 15º no campeonato de 2001, Mario tem propostas para continuar na Super Nova, a maior detentora de títulos dos anos 90, ou se mudar para a Nordic ou para a Arden, equipe inglesa financiada pela empresa estatal de petróleo da Rússia que precisa de um piloto experiente para completar sua ascensão.
Apesar da chuva que caiu sobre o Autódromo do Estoril nos dois dias desse teste, Mario saiu plenamente satisfeito. Ele trabalhou com o engenheiro Rob Daniels, que foi o responsável pelo carro do campeão Justin Wilson.
"Ele é objetivo e todas as decisões que tomou estavam certas. No primeiro dia, os pneus estavam ressecados e ele detectou isso rapidamente e evitou que seguíssemos o caminho errado. No segundo, o acerto evoluiu muito, o que não é fácil nessa pista".
Mario, porém, ainda não se decidiu. "Antes, quero experimentar o carro da equipe Arden. O David Sears quer que eu continue na Super Nova. O Derek Mower, dono da Nordic, falou que gostaria de que eu corresse com ele, mas a experiência me ensinou que, em uma equipe, o que importa é a qualidade do pessoal, não o nome", disse.
"Grande parte dos problemas que tive na Super Nova ocorreram porque meu engenheiro estava estreando na F-3.000. Não quero mais passar por isso. Só vou decidir com quem vou correr em 2002 quando tiver certeza do potencial real de cada equipe", encerrou Haberfeld.