Roma - Franco Sensi, presidente e acionista majoritário do Roma, disse nesta segunda-feira que seu clube fixou para a atual temporada 2000-01 um "teto salarial" de 144.000 milhões de liras (72 milhões de dólares).
Sensi anunciou o chamado "custo de trabalho" no encerramento da assembléia de acionistas do clube, que fechou o balanço da campanha passada com lucro líquido de 562 milhões de liras (281.000 dólares).
"Fixamos um 'teto salarial' não só para determinados jogadores, mas para toda a equipe do time principal, incluindo também os juvenis. Fixamos a cifra de 144.000 milhões de liras e os que desejem ficar que continuem, os que não, paciência", disse Sensi, cuja entidade, da mesma forma que o Lazio, tem ações na Bolsa de Milão.
O presidente do Roma, que já na campanha anterior foi um dos que solicitaram um "teto salarial" no futebol, disse que por este motivo não contratou este verão o zagueiro Fabio Cannavaro.
"Cannavaro era um de nossos objetivos do mercado, mas seu custo foi subindo aos poucos chegando aos 95.000 milhões de liras (47,5 milhões de dólares), mais o contrato. Assim, em cinco anos, a contratação nos teria custado 200.000 milhões de liras (100 milhões de dólares) e o bom senso falou mais alto", disse Sensi.
O presidente do Roma acrescentou que sua equipe contratou os zagueiros Christian Panucci a "zero liras" e Sebastiano Siviglia a "parâmetro zero".
Sensi lembrou que o "teto salarial" será um dos pontos de referência da gestão financeira de seu clube: "Se comprarmos mais um jogador acrescentaremos recursos, mas também vendereamos algum outro. Ou seja, seria uma operação de compensação".
"Os contratos tem que levar em conta também o clube em que se joga, a cidade onde se vive e o ambiente onde se trabalha. Estes tem que ser também componentes importantes para um jogador. São um valor agregado", disse.