Rio - O craque argentino Diego Maradona criticou veementemente os ataques norte-americanos ao Afeganistão, durante a entrevista coletiva para apresentar os detalhes da partida em sua homenagem, que será disputada no próximo sábado, em Buenos Aires.
Após responder com bom-humor a várias perguntas dos jornalistas, o astro argentino mostrou irritação à pergunta de um jornalista da BBC londrina, ao perguntar da possibilidade de um futebol sem violência.
“No futebol, existe zero vírgula zero por cento de violência em relação ao que está acontecendo no mundo. Porque não vêem quando passa na televisão os ataques dos Estados Unidos ao Afeganistão, onde morrem milhares de pessoas inocentes? É um verdadeiro terrorismo organizado”, disparou o craque, que estava em tratamento contra a dependência química, em Cuba.
Apesar das ácidas críticas, Maradona convidou dois desafetos para a partida de sábado: Joseph Blatter e João Havelange, o atual e o ex-presidente da Fifa, respectivamente.
“Não tenho que me reconciliar com quem quer que seja, mas não dá para ficar brigando para sempre”.
A visita às Ilhas Malvinas também faz parte dos planos do ex-jogador. As Malvinas, ex-território argentino, foi alvo de disputa com a Inglaterra durante uma sangrenta guerra, em 1982. Quatro anos mais tarde, numa partida entre as duas seleções, na Copa do México, Maradona fez uma de suas maiores exibições nos gramados, tendo feito um gol com a mão, que chamou de "A mão de Deus", e outro em que driblou meio time inglês, partindo com a bola do meio-campo. Na época, Diego declarou que a vitória foi uma resposta à arbitrariedade e arrogância inglesa.