São Paulo - Embalados pelos muitos gols marcados no domingo, mas desesperados pela vitória nesta quinta, Santos e Portuguesa vão a campo no Canindé, não podendo se dar ao luxo de desperdiçar os três pontos em jogo.
“Em uma partida como essa, você precisa ser rápido e mortal”, dispara o sempre irreverente Viola.
Velozes e certeiros nos passes como Marcelinho e Lúcio. Mortais como Viola e Ricardo Oliveira. No talento desses quatro jogadores, as duas equipes depositam toda a esperança do triunfo que manterá viva a esperança de classificação no Brasileirão.
“Os dois times precisam da vitória. Acho que isso vai fazer com que o jogo seja ofensivo”, disse Marcelinho, pouco antes do embarque da delegação santista para São Paulo.
Além de vital para as chances de classificação dos dois times, a partida marca um reencontro. O “arco” Lúcio vai rever a “flecha” Viola. Os dois atuaram juntos pelo Peixe no Brasileiro de 1998. Deram tão certo que o atacante não se cansa de mimar o antigo companheiro. “Lúcio foi o melhor parceiro de ataque que tive desde que cheguei ao Santos”, diz Viola, que foi goleador máximo do Nacional daquele ano, com 22 gols. “Foi uma época boa (quando esteve na Vila). A gente estava bem entrosado, ele fez vários gols com assistências minhas. Eu lembro que quando me machuquei, o Viola ficou um bom tempo sem marcar e sempre vinha brincar comigo perguntando: “Lúcio, quando é que você vai voltar?”, relembra o camisa 7 da Portuguesa, agora na obrigação de servir Ricardo Oliveira, maior esperança de gols do time do Canindé.
Com nove gols, três deles na vitória por 5 a 4 sobre o Vasco, o centroavante da Lusa é uma das revelações do torneio. Está a apenas um de Viola. Além de ter a chance de ultrapassar o santista, Oliveira pode colocar a Lusa mais perto da vaga. “É a primeira vez que eu jogo contra o Viola e o Marcelinho. Dentro da área, o Viola é fora-de-série e o Marcelinho joga fácil. Temos de tomar cuidado”, disse Oliveira.