Rio - Os 106 anos de fundação serão lembrados nesta quinta, na Gávea, durante todo o dia. Mas às 16h haverá uma pausa: lutando contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o que pode ser o maior vexame de sua história, o Flamengo enfrenta o São Paulo, no Morumbi.
Depois de pedir demissão e ser readmitido, na crise em que o preparador físico Toninho Oliveira acabou como culpado, o técnico Zagallo ainda alimenta esperança de sair ileso neste segundo semestre. E quem sabe reeditar a última grande atuação, justamente contra o São Paulo nas finais da Copa dos Campeões.
“Não vou entregar o bastão. Enquanto enxergar uma luz no fim do túnel, vou lutar. Continuo achando que vamos sair desta”, acredita.
Mas a pífia campanha fez Zagallo mudar alguns hábitos. Além de fechar o treinamento desta quarta, no CT do Palmeiras, à imprensa, escondeu a escalação dos titulares. O treinador, que está à espera das apresentações de Juan, Vampeta e Edílson, pretende injetar ânimo nos jogadores para superarem as dificuldades. “Temos muito mais a comemorar do que ficar triste. Só não quero cair para a Segundona no Brasileiro”, afirmou o técnico, com ousadia. “O vento é para os dois lados. O São Paulo também precisa vencer.”