Rio - A Ferrari tenta esconder, mas é sabido nos bastidores que a equipe prepara muitas inovações para o modelo 2002. São tantas as novidades que a escuderia italiana já admite iniciar a temporada com o modelo 2001 que correu no Japão, e só estrear o novo carro em Ímola, quarta etapa da temporada.
A maior vedete trata-se de um novo bico dianteiro, chamado de "tamanduá mexicano", mais alto e também mais largo na parte em que fica a suspensão dianteira. Ele foi concebido para melhorar o fluxo de ar sob o carro na dianteira, criando uma zona de baixa pressão.
Por ter o fundo chato, o bico faz com que o ar que passa por debaixo do carro seja empurrado para fora, o que cria um vácuo e produz o chamado efeito-solo. Se tudo correr como o planejado, o carro ganhará muito tempo nas curvas, pois se comportará como se estivesse num trilho, grudado como um chiclete no asfalto.
O detalhe curioso deste bico é que sua forma lembra um tamanduá, mas seus spoilers, mais altos e ondulados, dão a impressão de que o carro possui "bigodes" no estilo mexicano.
Além do bico, o conjunto motor-câmbio passará a ser integrado numa única peça. Na prática, isto representa um ganho imenso de peso, de espaço e também de transmissão da potência para as rodas. O F-2002 poderá ganhar significativos décimos com a novidade, mas, por enquanto, o novo conjunto só tem dado dores de cabeça aos engenheiros. É por causa dele que o carro está atrasado.