São Paulo – O Fluminense levou um susto, mas derrotou a Ponte Preta, por 3 a 2, na madrugada desta quinta-feira, na prorrogação, e se classificou para as semifinais do Brasileirão-2001. O jogo ficou no 1 a 1 nos 90 minutos depois de o tricolor, que saiu na frente, ter cedido o empate e quase tomado o segundo gol no final do tempo normal. Na prorrogação, a Macaca também saiu perdendo, empatou e pressionou, sem sucesso, em busca da virada.
Agora, o Fluminense terá pela frente o Atlético-PR. O jogo deve ser marcado para 16h de domingo na Arena da Baixada, em Curitiba. Para os cariocas, é a chance da vingança. Os tricolores não engolem até hoje a derrota do rubro-negro paranaense para o Criciúma no jogo que rebaixou pela primeira vez o Fluminense para a Segunda Divisão.
O Furacão foi acusado de fazer corpo mole pois no jogo contra o Fluminense, nas Laranjeiras, seus jogadores foram agredidos pela torcida tricolor. Na fase de classificação do Brasileirão-2001, os cariocas derrotaram os paranaenses, por 2 a 1, na Baixada.
A partida
Ainda com lagrimas nos olhos e emocionado pela torcida ter cantado parabéns, o técnico do Fluminense, Oswaldo Oliveira, viu seu time ser domingo no começo do primeiro tempo. A Ponte partiu para cima e teve uma grande chance de marcar logo aos 7min. Macedo fez jogada individual e ficou livre para chutar depois de deixar para trás com dribles Paulo César e Marcão. Coube a Murilo fazer a defesa e evitar a abertura do placar.
Aos 15min, foi a vez de Washington desperdiçar a oportunidade de balançar a rede. Depois de cobrança de escanteio pela direita, teve a chance de cabecear livre quase na pequena área. Mas acabou mandando a bola para fora.
Uma das armas do time campineiro para conter Roger, principal jogador do Flu, foi a violência. Em poucos minutos, Mineiro derrubou três vezes o tricolor e contou com a complacência do juiz Carlos Eugênio Simon, que o advertiu apenas verbalmente.
Se Roger pouco podia fazer com a marcação implacável, restou para Caio o papel de herói. Aos 16min, depois de cobrança de falta de Paulo César e cabeçada de Régis, a bola sobrou para o atacante, que passou a maior parte do campeonato no banco de reservas, mandar para a rede.
O gol abalou a Ponte Preta, que reduziu a pressão inicial. O time paulista só conseguiu se recompor no terço final do primeiro tempo e teve, aos 38min, a chance de empatar. Washington recebeu lançamento dentro da área, se livrou do marcador e, sozinho, na frente de Murilo disparou para fora.
Na etapa final, o Flu teve a chance de ampliar logo aos 2min. Depois de jogada de Fernando Diniz, Caio recebeu na área mas acabou chutando para fora. A Ponte reagiu com Macedo que, por duas vezes, assustou Murilo.
Mas foi aos 33min que a Macaca conseguiu o empate. Depois de novo lançamento para área, Washington ajeitou para Humberto, que havia entrado na vaga de Piá, igualar o marcador. O empate atordoou o Fluminense, que começou a errar muito e ser dominado pela Ponte.
Os paulistas tiveram três chances seguidas de marcar. Um chute foi para fora, Murilo, com boa defesa, salvou a segundo. Por fim, Paulo César livrou o tricolor da derrota ao cortar bola pouco antes da linha de gol depois que o goleiro estava batido.
Na prorrogação, logo aos 2min, Paulo César fez um lançamento preciso para área. Magno Alves desviou marcando o segundo gol tricolor. O Fluminense ainda teve a chance de fazer o terceiro com Roni. Mas a Ponte acabou conseguindo o empate, aos 7min, através de Macedo. A Ponte voltou a pressionar, mas não teve forças para chegar ao segundo gol.
Aos 7min, depois de um chutão de André Luís, Roni fez lançamento para Magno Alves entrar na área, livre, e tocar na saída do goleiro assegurando a classificação tricolor.