Rio - O volante Beto fez uma denúncia na manhã desta sexta-feira, na Gávea, de que o seu contrato foi adulterado por alguém do Flamengo. Ele disse ter uma cópia do documento em que fica clara a adulteração da data de encerramento do contrato de 31 de dezembro de 2001 para 31 de janeiro de 2002.
Segundo o jogador, foi passada no local uma tinta branca e feita a rasura com a alteração da data. Ele não citou nomes e afirmou que nem é capaz de imaginar quem praticou o delito - nem objetivo da rasura.
Porém, insinuou que a mudança de data de vencimento do seu último contrato teria a finalidade de evitar que ele tenha direito ao passe livre no fim do ano.
O vice-presidente jurídico do clube, Amyr Bocaiúva, revelou ter conhecimento de que houve a alteração da data no contrato e afirmou que houve comum acordo para a adulteração. O dirigente negou, no entanto, que o jogador venha a ser prejudicado nos seus direitos com a mudança de data.
O cartola afirmou desconhecer o nome da pessoa que adulterou o documento, mas citou o procurador de Beto, Fernando César, como representante do meia no momento em que houve o acerto entre as partes na Federação de Futebol do Rio de Janeiro.
O dirigente defendeu o Flamengo, lembrando que, quando o atleta assinou o atual contrato, ainda estava em vigência a legislação antiga, que garante ao clube o direito ao passe do jogador. “O contrato de Beto foi feito antes da entrada em vigor da nova lei. Portanto, o Flamengo tem direitos sobre o jogador.”