Curitiba - Depois de garantir a vaga na final do Brasileirão e também na Libertadores da América de 2002, os jogadores do Atlético-PR não se contiveram e desabafaram contra quem rotulou o time de violento em todos os microfones que encontraram.
A polêmica começou com as declarações de alguns jogadores são-paulinos, após o jogo de quarta-feira. Depois o meia Roger, do Fluminense, colocou mais fogo no assunto dizendo que temia as entradas duras do time rubro-negro. “Na verdade eles estavam com medo de jogar aqui. Pra vocês verem, quem acabou sendo expulso foi um jogador do Fluminense”, disparou o zagueiro Gustavo, lembrando do cartão vermelho recebido por Róger, um dos pivôs da confusão.
Os jogadores aproveitaram também para responder as críticas feitas durante a semana pela imprensa nacional, que foram bastante pesadas principalmente em cima do volante Cocito e do zagueiro Nem. “O Fluminense, o São Paulo e a imprensa podem falar o que quiserem, mas o importante mesmo é que nós estamos na final”, desabafa o atacante Ilan, que participou dos minutos finais do jogo.
Os desabafos dos jogadores continuaram quando o assunto foi o pouco caso feito do Atlético no início da segunda fase do Brasileirão, mesmo tendo se classificado em segundo lugar. “Ninguém acreditava no nosso time e chegaram até a chamar o Atlético de cavalo paraguaio, mas o resultado está aí pra todo
mundo ver”, disse o zagueiro Nem, ainda eufórico após o jogo.
O também zagueiro Rogério Corrêa tem a mesma opinião. Ele reclamou do time ter sido deixado em segundo plano por alguns
setores da imprensa nacional. “Andaram falando por aí que o nosso time era zebra. Taí então, a zebra chegou na final.”