Houston - A prisão do jogador de basquete Steve Francis, estrela de seu time, por dirigir embriagado proporcionou uma das semanas mais negativas para os Rockets em toda sua história.
Francis foi preso pela polícia de Houston, na madrugada do domingo, após ter ultrapassado um sinal vermelho e os agentes terem comprovado que estava em estado de embriaguez. O jogador, que está fora do time devido a uma lesão, foi libertado, após pagar uma fiança, e terá que se apresentar a um tribunal, na próxima sexta-feira, para responder à acusação de dirigir bêbado.
O caso de Francis, de 24 anos, ocorreu dois dias depois do ala Maurice Taylor, também fora do time, ser suspenso pela NBA, em cinco partidas, por violar as regras sobre o consumo de drogas. Taylor admitiu ter consumido maconha, mas não especificou se era um hábito, nem as circunstâncias nas quais a NBA o descobriu.
Se a suspensão de Taylor deixou os diretores da NBA frustrados, maior foi a decepção gerada pelas declarações do pivô Hakeem Olajuwon, estrela de 17 anos, que os acusou de não quererem renovar seu contrato e que o único valor pago era o das relações públicas.
"Os diretores dos Rockets não levaram em conta meus méritos na hora da renovação, e, simplesmente, pensaram em função do impacto que poderia ter minha saída da equipe", declarou Olajuwon. "Todos tiveram muito pouca classe".
As declarações de Olajuwon, agora jogador dos Raptors de Toronto, caíram como um balde de água fria, especialmente para o treinador Rudy Tomjanovich, que disse que se sentia "muito magoado" com a reação de seu ex-discípulo.
"Se alguém desejava que Olajuwon ficasse nos Rockets e que esta fosse sua única equipe de sua carreira profissional fui eu", declarou Tomjanovich. "A última vez que falei com Olajuwon, ele me mostrou que não tinha nada contra mim e que tudo estava superado".
O atleta afastado também não ajudou os Rockets a melhorar a sua imagem, depois que, no sábado passado, perderam por 76-73 para os Heat de Miami, a décima terceira derrota consecutiva, a pior marca desde a temporada de 1967-68, quando tiveram 15.
O diretor geral dos Rockets, Darroll Dawson, admitiu que dentro de uma organização esportiva deve se estar preparado para assumir todo tipo de acontecimentos, mas da maneira que aconteceram, na semana passada, não foi fácil de assimilar.
"A grande pergunta que me faço é qual vai ser o próximo contratempo e espero que seja algo positivo porque pior é difícil", afirmou Dawson.