Rio - O acordo que resultará na terceirização do futebol amador do Botafogo foi exaltado nesta terça pelo presidente Mauro Ney Palmeiro. Segundo ele, não há qualquer certeza sobre o assunto, mas a possibilidade de uma empresa gerir as categorias de base do clube pode ser bastante frutífera.
“Hoje, não conseguimos administrar 100% do futebol amador. Se conseguirmos lucrar 60%, sem qualquer ônus, já será ótimo”, ressaltou o presidente, enfatizando que qualquer decisão terá que passar antes pela análise do Conselho Deliberativo.
“Ninguém nos contatou oficialmente. O ideal seria ter o total controle, mas não quero passar por apertos como vem acontecendo em Marechal Hermes”, concluiu o dirigente.
Para o ex-técnico Dé, que trabalhou nos juniores do clube até o primeiro semestre deste ano, as negociações entre a empresa e o Botafogo só devem ser feitas se o clube tiver autonomia sobre os jogadores. “Não se pode entregar nas mãos de terceiros as divisões de base do clube. Talvez elas tenham mais valor do que a própria divisão profissional”, acredita Dé, que vê com bons olhos uma injeção de dinheiro nas divisões de base. “Várias pessoas em Marechal Hermes estão há um ano sem receber seus salários”, disse ele.