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Chefão do patrocinador corintiano diz que clube tem a maior receita do Brasil
Quarta-feira, 19 Dezembro de 2001, 00h08

São Paulo – Richard "Dick" Law, o homem-forte da Hicks Muse (patrocinadora do Corinthians) no Brasil, diz o que pensa do futebol brasileiro, fala do perfil que deve ter o novo técnico corintiano, admite que não vai segurar jogador com proposta do futebol europeu, revela as negociações para a renovação do contrato de patrocínio com a Pepsi e afirma, orgulhoso, que o Timão é o clube com o maior faturamento do Brasil. Ele é presidente da Panamerican Sports Team (PST), empresa criada pelo HMTF.

Qual é o planejamento de orçamento da Hicks para 2002, sendo que as cotas e os participantes da Liga Rio-São Paulo estão indefinidos?

Richard Law: Isso simplesmente não pode acontecer. Volto ao problema que, na minha visão, é o fundamental. Um parêntese: sou americano, tenho experiência de marketing e de marketing esportivo. Analisando friamente a situação aqui no Brasil, estamos partindo de uma base errada porque o futebol não é feito para a televisão, não é feito para federações, não é feito para as confederações. O futebol é feito para o torcedor e o que me deixa triste é que quem está perdendo com tudo isso é o torcedor. Ter tanto torneio é bom? O calendário quadrienal é ótima idéia, mas não está resolvendo o problema básico: a confusão de torneios. A liga é uma empresa constituída com os seus acionistas e está começando a agir dentro de um esquema de empresa. Acho isso bom. Há um comitê executivo que funciona mais ou menos dentro do conceito de um conselho e aquele conselho dá diretrizes para o presidente. Isso é bom porque cria um balanço de poderes muito bom e necessário. Assim, você minimiza o potencial de abuso de poder. Agora, temos um caminho longo para percorrer. A postura de certos clubes é totalmente incorreta. Você está dentro de uma organização e nem sempre vai ganhar, mas participa de um coletivo. Se querem condições especiais, então não participem do coletivo.

L!: Mas essa condição especial não é um princípio defendido, em outras ocasiões, pela própria Hicks?

RL: Muito pelo contrário. O nosso foco é o torcedor. É bom para o torcedor vascaíno ver o Vasco jogando o Estadual carioca? Não sei, isso é uma decisão que a diretoria do Vasco tem de tomar. Agora, o que achávamos melhor para o torcedor cruzeirense e para o torcedor corintiano é participar de uma liga.

L!: Por princípio, para sanear o déficit do clube, a Hicks trabalha com algumas medidas impopulares, como a venda de jogadores. A empresa se preocupa com isso?

RL: O modelo de negócios dos clubes de futebol mudou muito quando chegou o dinheiro da televisão e, principalmente, quando começou a ter as grandes transações de jogadores por questões econômicas. O modelo passou a ser baseado na receita da venda desses jogadores. Antes, há dez anos, você ganhava dinheiro de bilheteria e isso era fundamental para os clubes. Hoje, nem representa 5% da receita deles. O Corinthians recebeu US$ 4 milhões por jogar o Brasileiro e o Ewerthon foi mais que a receita de televisão do Brasileiro. Só Ewerthon. Aí começa a se criar um modelo errado.

L!: Mas o negócio da Hicks é ganhar dinheiro com essas transações.

RL: Se fosse isso, o que teríamos feito era só investir em jogador. Uma pessoa com US$ 30 milhões no Brasil compra tudo... Nosso negócio é, de alguma forma, voltar ao modelo que existiu antes do desequilíbrio provocado particularmente pela venda dos jogadores. A Corinthians Licenciamentos (empresa da parceria Timão-Hicks) trabalha com a receita do futebol e hoje 45% dela vêm da mídia. A longo prazo, nosso projeto é ficar menos dependente da mídia porque não posso controlar muito a cota da TV, mas posso aumentar patrocínio, licenciamento... É uma crise, não é um problema. Bilheteria virou pó e não deve ser assim.

L!: A empresa tem como segurar os principais destaques do Corinthians?

RL: O Corinthians é o clube com mais receita no Brasil. Em uma negociação, como foi essa com Oswaldo, não entra só o financeiro. Não tenho dúvida nenhuma de que o Corinthians poderia pagar mais. Voltando ao assunto, o Corinthians é o clube que mais fatura hoje no Brasil, em receita operativa, fora venda de jogador. Mas qualquer clube de porte médio da Europa tem até quatro vezes mais receita do que a gente. Então, quando eles oferecem a um jogador brasileiro US$ 2 milhões de salário, como um clube brasileiro vai cobrir? Se tenho uma oportunidade de jogar na Europa e resolver a minha vida e o meu clube fala "você não vai sair daqui", fica difícil... Se o clube se recusar a vender, o jogador não fica satisfeito. Vamos supor que o clube quisesse fazer essa loucura e segurar o jogador. Mesmo assim, se ele quiser, a palavra dele tem que ser ouvida.

L!: Por que o clube, tendo feito a maior proposta ao Oswaldo, não conseguiu contratá-lo (o presidente do Flu, David Fischel, afirmou que a proposta carioca era pouco mais de 50% da oferta dos paulistas)?

RL: Tenho muito respeito com o David Fischel e todo o trabalho que a equipe dele fez dentro do Fluminense. Ele só tem a minha admiração. Mas duvido, pelo profissional que admiramos no Oswaldo, que o Fischel está sabendo, em detalhes, da negociação com o Corinthians. Além disso, houve uma soma de fatores. Não é um só "eu te pago isso e pronto". Vamos lembrar uma coisa: técnicos e jogadores têm família e uma carreira e, para eles, não é quem paga mais. Um técnico de nível, que é o que merece o Corinthians, é um homem que vê todos os fatores... Da parte do clube, existe a mesma coisa: custo é um fator, compromisso é outro, qualidade do técnico é outro fator. Estou convencido que existem ótimos técnicos no Brasil que não podem treinar o Corinthians.

L!: Por quê?

RL: Porque não reúnem a sensibilidade para o Corinthians. Quantos técnicos você viu fracassar em um clube, mas em outro fica bastante tempo. Porque cada clube é um mundo e tem seus fatores particulares.

L!: Por que o Corinthians então teve cinco técnicos em pouco mais de dois anos de parceria?

RL: Essa é uma pergunta que sei que a diretoria está avaliando muito... Olha, todo grupo de pessoas dedicado a um objetivo faz muita auto-avaliação. Será que erramos? Muita autocrítica. O processo é bem objetivo, bem calmo e, se uma negociação não deu, existem mais três ou quatro negociações que estão em andamento. Mas é um processo de tranqüilidade. Quando você toma decisões sob pressão, a probabilidade de erro é maior.

L! Sportpress

 

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