Rio - Em entrevista ao jornal inglês "Financial Times", o francês Alain Prost revelou que os atentados terroristas aos EUA, no dia 11 de setembro, interromperam as negociações entre sua equipe e o príncipe saudita Alwaleed Bin Talal.
Endividada, a Prost Grand Prix está em concordata desde o dia 22 de novembro. O prazo para que a escuderia encontre novos patrocinadores termina no dia 6 de janeiro. "Todas as possibilidades de transação se esgotaram depois dos ataques", afirmou.
A equipe do tetracampeão mundial foi colocada em liquidação judicial em novembro, com dívidas de cerca de US$ 28 milhões. O bilionário saudita, fã do automobilismo, era cotado como um comprador em potencial da equipe.
Prost disse ainda que dois ou três fundos de investimentos podem ainda intervir, mas o tempo está contra ele. "Estamos lidando com pessoas que estão sendo bastante cautelosas", disse pessimista
A data limite para que o francês encontre um patrocinador encerra-se no próximo dia 15, caso contrário, o Tribunal de Versalhes, que cuida do caso, decretará a falência do time de Alain Prost. "Se até lá ainda não tivermos definido nenhuma parceria, será o fim da Prost Grand Prix", disse.
Prost disse ainda ao Financial Times que precisa de cerca de US$ 68 milhões para competir na próxima temporada, sendo 85% disso em acordos de patrocínio.
Com o alemão Heinz-Harald Frentzen e o brasileiro Luciano Burti pilotando seus carros nesse ano, a Prost ficou na nona colocação no Mundial de Construtores com quatro pontos, na frente apenas da Arrows, dentro dos times que pontuaram.