Rio - A imprensa argentina recebeu sem maiores problemas a informação de que a decisão da Copa Mercosul, entre San Lorenzo e Flamengo, foi adiada para janeiro por causa da grave crise financeira e política que vive o país. Nenhum jornal de grande importância criticou a posição adotada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CSF).
O "Clarín" destacou que o "San Lorenzo deverá continuar esperando para tentar conquistar o primeiro título internacional de sua história. Assim ficou decidido pela Confederação Sul-Americana por causa dos atos violentos que tomaram conta do país".
Jornal especializado em esportes, o "Olé" lembrou que "a reunião que definiu o adiamento do jogo durou horas e que na próxima semana a Confederação Sul-Americana deverá definir a data da disputa que, pela primeira vez na história, acontecerá em janeiro". O jornal destacou que os dois times ficaram num clima de tensão por causa da indefinição sobre o dia do jogo. O "Olé" lembrou que os torcedores que compraram ingressos deverão guardá-los para a decisão.
O "La Nación" adotou uma postura de elogio a posição da CSF ao destacar que "por causa da crise social e falta de segurança suficiente a decisão da Copa Mercosul foi adiada para janeiro". O jornal considerou a atitude da entidade como solidária ao triste momento vivido pelo povo argentino.
Já o "Página 12" lembrou que "a posição adotada pela Confederação Sul-Americana de Futebol já era esperada por causa da falta de segurança para a realização da decisão da Copa Mercosul". Os jornalistas de emissoras de rádio e de televisão da Argentina também apoiaram a decisão da CSF.